domingo, 1 de agosto de 2010

Obsessão


Em certos momentos obsessivos
de doçura e caos,
apenas a luz que me escorre das artérias
consegue indicar-me o mundo
húmido e escuro que existe em ti.

Dernorteados membros amputados de tino
que ganham vida por morte dos sentidos encarcerados
na gaiola que em todos os corpos de mulher existe.

Sou insecto encandeado pelo brilho
que nasce no teu ventre
e que morre sempre um pouco mais
em cada esvoaçar estonteado.

Ébrio de tanta luxúria e obsessão,
no doce caos em que me transformo,
escravo da terra, halo do mar, pedra de vida.

1 comentário:

  1. És encantador de serpentes e eu, a serpente encantada que obcecada pela luxúria que transpiras, me deixo tombar à mercê das tuas mãos, da tua boca, do teu corpo que ondula sem parar.

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